Leilão solidário
Dia 30 de novembro em Coimbra
PALESTINA MEU AMOR
XIX JORNADAS DE CULTURA POPULAR
Visita Guiada às Instalações da Cerâmica Antiga de Coimbra
16 de novembro, 10h15
ESTREIA
Estreia hoje o filme "Noites Claras" no "Festival del Cinema Europeo" em Lecce, Itália
Realização: Paulo Filipe Monteiro
Direção de Arte: Luísa Bebiano
Produção: Ukbar Filmes
ESTREIA DA FRÁGUA DE AMOR
Um texto de Gil Vicente
Com encenação de António Augusto Barros
Cenografia de João Mendes Ribeiro e Luisa Bebiano
Assistentes de Cenografia: Gil Abreu e Bárbara Figueira
VISITA AO ESCRITÓRIO E OBRA
Aula da Disciplina "Organização do Projeto e Prática Profissional - OPPP", a convite da arquiteta Desirèe Pedro
Inserido no curso de Arquitetura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
O PÉ DIREITO É O CÉU
Exposição coletiva do grupo Pescada nº5
"Erros meus, má fortuna, amor ardente"
Instalação de Luisa Bebiano e Nuno Maia
Fotografias de Pedro Rosa @prosa_online
Ficha Técnica
Casa na Curia, Habitação Unifamiliar, Curia (Anadia)
2020-2022 (projeto) 2022-2024 (obra)
Área de construção com 484,80 m2
Cliente Privado
Especialidades
In Line Engenharia, Lda.
Fundações e Estruturas / Instalações Hidráulicas: Bruno Marques
Instalações elétricas e ITED: Paulo Aleixo
Comportamento acústico: João Filipe Almeida
Comportamento térmico: Patrícia Fernandes da Silva
Segurança contra incêndios: Nuno Figueiredo
Fotografias de obra
José Campos e Frederico Martinho
Construtor
Nova Predicofra, Construção Civil e Obras Públicas, Lda.
Direção de Obra
Tiago Cruz
De origem mediterrânica, o claustro assume, na Idade Média, o carácter de jardim fechado ou horto, simbolicamente conotado com o jardim paradisíaco da tradição bíblica, comportando igualmente funções de cunho utilitário, de recreio e de lazer. Durante os séculos XV e XVI o recinto claustral contrai uma feição humanista. (
Situada num bairro residencial, num contexto rural em Anadia, esta habitação assume as características locais, como ponto de partida, destacando a paisagem e o edificado envolvente. Como premissas de projeto, havia a necessidade de se inserir num aglomerado habitacional, ter um piso superior com uma varanda voltada a sul e, em simultâneo, ter uma forte vivência interior, promovendo uma sensação de segurança. Assim, esta casa nasceu de dentro para fora, sendo o centro um espaço exterior, uma espécie de claustro, um momento de passagem e vivência, onde a relação com a natureza se faz num espaço aberto, mas encerrado por quatro galerias, com caráter de interior / exterior, num jogo de ar livre protegido. Este projeto junta o objeto arquitetónico do claustro, ao elemento construtivo da parede vazada, possibilitando uma maior ventilação e luminosidade, num espaço encerrado sobre si mesmo. Este elemento adicionado ao pátio é o Cobogó do modernismo arquitetónico brasileiro do século XX.
Esta habitação está alinhada segundo a orientação das construções preexistentes envolventes, dando uma continuidade de fachada no espaço público.
No piso térreo - garagem, arquivo, casa de máquinas e ateliers -, tem-se acesso ao pátio e às escadas de acesso ao piso superior. No piso superior, a área social (sala e cozinha) está orientada a Sudeste, e a área privada (quartos e instalações sanitárias) a nordeste.
Sendo uma zona argilosa, o tijolo, surge como o material construtivo que se liga ao local. A composição dos alçados é trabalhada plasticamente por forma a manter um diálogo de cheios e vazios, alternando panos de tijolo “cegos”, “vazados” e aberturas de vidro.
A estrutura da habitação é feita em betão armado. No piso térreo, as paredes interiores estão contruídas em blocos de betão à vista e no primeiro andar, de alvenaria de tijolo, garantindo sempre, paredes duplas, com isolamento térmico e uma caixa de ar no interior. A cobertura é revestida a camarinha de zinco, com inclinação para o interior.
Considerando o tijolo como escolha do material predominante, a ventilação natural e a energia passiva, esta habitação, não necessita de outros recursos energéticos para o seu aquecimento e arrefecimento, sendo energeticamente eficiente e respeitando o meio ambiente.
CASA EM EIRAS
A proposta de intervenção pretende enquadrar uma nova habitação unifamiliar, numa parcela de terreno rural em Eiras, Coimbra. Esta proposta tem como objetivo responder às exigências do programa habitacional, mantendo a lógica do traçado do edificado envolvente. A implantação respeita assim, e toma como referência, o desenho do aglomerado urbano local. A sua volumetria alinha-se com o existente e, à semelhança das edificações envolventes, tem um carácter mais compacto, aludindo à ideia de armazém industrial e às construções vernáculas do tecido urbano em que se insere, desenvolvendo-se formalmente como o arquétipo da “casa”, com uma cobertura em duas águas.
A habitação é definida por um volume dividido em dois pisos. O piso térreo, tem uma relação direta com a cota inferior a norte, e o piso principal, superior, abre-se para o espaço exterior a sul, compensando assim, a inclinação natural do terreno. Apresentando-se como um volume longitudinal, segue a mesma orientação do terreno. A fachada principal é resultado da intersecção dos alinhamentos das construções adjacentes. Ao mesmo tempo que está alinhado com o edifício à sua direita, a fachada tem um recorte, por forma a alinhar, em simultâneo, com a construção que está à sua esquerda.
No piso superior, encontramos o programa principal da habitação. Com circulação ao centro, no lado sul, estão as salas de estar, jantar e a cozinha. A zona mais privada da casa, está localizada na ala norte. As divisões desta habitação formam um jogo de volumes no interior do “invólucro” principal, criando múltiplos espaços intersticiais, de estar ou de transição. No piso inferior, encontramos a garagem, lavandaria, adega e os arrumos, seguindo a mesma lógica de disposição do piso superior.
No exterior, estão os espaços de estacionamento, cobertos pelo recuo do piso térreo. Ao mesmo tempo, o espaço exterior está ladeado por um novo muro que delimita a intervenção.
A estrutura desta habitação é um sistema porticado de betão armado, com lajes aligeiradas. As fachadas exteriores estão feitas em parede simples de alvenaria de tijolo, com isolamento térmico pelo exterior. O acabamento exterior é em reboco texturado branco e as paredes interiores em alvenaria de tijolo. Os pavimentos interiores são de betão afagado e helicóptero. A cobertura é revestida a zinco, com junta agrafada, e os vãos em alumínio à cor natural, que foram dimensionadas de forma a garantirem aos espaços boas condições de arejamento transversal e iluminação natural. Os caixilhos com corte térmico e vidro duplo, garantem o isolamento necessário.
Tiago Borges e Luísa Bebiano
01. Entrada principal 02. Sala de estar 03. Sala de jantar 04. Alpendre 05. Cozinha 06. Instalação sanitária
07. Quartos 08. Instalação sanitária 09. Espaço de estar 10. Escritório 11. Quarto suite 12. Closet
13. Instalação sanitária 14. Estacionamento coberto 15. Entrada secundária 16. Casa das máquinas
17. Lavandaria 18. Oficina 19. Arrumos 20. Arrumos agrícolas